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São José do Rio Pardo, 11 de agosto de 2000 Número 3 |
(edição fechada enquanto os redatores
sofriam de uma pane no processo criativo)
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Semana Euclidiana continua indo bemA Semana Euclidiana continua correndo às mil maravilhas! Nós, da Oficina de Jornalismo, estamos conseguindo desenvolver nosso trabalho de forma magnífica, graças à cessão inestimável da Sala de Informática do EEEFM (!) Euclides da Cunha para a realização do nosso trabalho, o que permite que ele corra de forma ágil e eficiente. Os maratonistas estão satisfeitos com o nível das aulas e palestras, a comida do alojamento é de ótima qualidade, e até o Diretor da Casa de Cultura Euclides da Cunha melhorou da terrível enfermidade que o acometeu. Força Lázaro!!! Estamos contando com a presença entre nós de Fernando Freyre, filho do homenageado das SE, que concedeu aos nossos repórteres uma entrevista instigante. Também já está entre nós o Professor Éverton de Paula, Pró-Reitor da UNIFRAN, que neste ano estará proferindo a Conferência Oficial da SE, no dia 14 de agosto. Não percam em nosso próximo número, uma entrevista com esta importante figura do movimento euclidiano. Nossos repórteres têm se esmerado na busca incessante pela informação. Nesta edição, além da reportagem com Fernando Freyre, nossos leitores encontrarão seções interativas, como O Berro Elegante, onde os maratonistas e professores expressam seus sentimentos mais profundos para com o próximo. Eles também estarão presentes, caros leitores, nas ruas de Rio Pardo, acompanhando outro tema para o Jornal de amanhã, O Episódio Republicano que, ao contrário da morosidade de outras comemorações passadas, será apresentada, desta vez, em formato RPG, ou seja, é aventura na certa. Por falar em aventura, nossos desbravadores ainda comentarão, nesta edição, como é viver No Limite em busca de um sonho em comum mas que apenas UM gozará por alcançar. Esperamos ter, no mínimo, incitado vocês a percorrerem com volúpia as páginas que seguem. (A Redação) |
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NO LIMITE: A VIDA NO ALOJAMENTOCento e poucas pessoas, isoladas da civilização,
lutando dia a dia para sobreviver, Bagunça, novas amizades, sujeira, limpeza, música, barulho, campainha, strike, "puta" (baralho), sotaques, muita gente... tudo isso faz parte do novo alojamento no Ada Parisi. A vida no alojamento é muito corrida, quase nunca estamos lá e quando estamos é tudo muito rápido (Afinal é longe PAKA!!). Logo cedo começa a correria acordamos sempre atrasados e as vezes perdemos o café, os professores que o digam, o que teve de alunos chegando tarde às aulas! Mas o convívio entre os maratonistas é muito bom, somos todos extrovertidos, sabemos respeitar nosso espaço (mais ou menos) e gostamos todos de fazer muita bagunça, o que faz com que nos entendamos muito bem. Já nos entrosamos bastante, todo mundo conhece todo mundo, apesar de sermos de lugares bem diversos e já saíram até amizades coloridas. Devido a diversidade de lugares, os sotaques são bem variados, o que torna nosso relacionamento bem divertido, uns "puxam" no R, outros no S... É o máximo!! E nunca falta acentos, tem gente até falando espanhol! Bem, mas nem tudo é só festa no alojamento, infelizmente. Estamos com alguns problemas técnicos, o banheiro feminino, por exemplo, o chuveiro só está com água fria, já água potável está quente (queremos até aproveitar para agradecer, pois a providenciaram). Já os copos descartáveis não estão sendo descartáveis, mas sim reutilizados, assim como as colherinhas e os copinhos de doces. Outra dificuldade é a falta de papel higiênico, coisa que deveria ter, mas nós, maratonistas tivemos que comprar. Mas apesar de tudo, nós maratonistas, soubemos contornar todas as dificuldades, fazendo do alojamento um lugar que não é macarrão, mas é MASSA !!!
André Luiz Conde, Araraquara | ||||||||||
Entrevista com Personalidade Fernando de Mello Freyre | |||||||
1) De quantas Semanas Euclidianas você participou? E como ficou sabendo? R: Primeiramente, gostaria de parabenizar São José do Rio Pardo pelas homenagens que presta há 88 anos há Euclides da Cunha, que é inédito no país, que aqui esteve como engenheiro, e que ano a ano é homenageado com estudos que não sé envolvem de modo acadêmico, mas sim também a nova geração. É a 1º Semana Euclidiana que participo, fiquei sabendo através do Sr. Lázaro C. Chaves, que me fez o convite.
2) Como você se sente sendo, Gilberto Freyre, o homenageado desta 88º Semana Euclidiana? R: Esta 88º Semana Euclidiana apresenta uma homenagem a Gilberto Freyre, então é claro que, para a família é um motivo de orgulho participar da SE e de uma mesa redonda que discutiu a obra Casa Grande e Senzala.
3) Fale um pouco sobre seu pai, Gilberto Freyre.
R: Gilberto Freyre fez seu curso fundamental no Recife, saindo logo após para estudar nos EUA, onde fez seu curso superior na Universidade Columbia. Quando estava na Universidade ele sentiu falta do que era o Brasil, para esclarecer aos seus colegas e professores e assim não tinha nenhuma obra sobre isso, foi aí que surgiu a idéia de escrever a obra Casa Grande e Senzala, que trata desde o descobrimento até a República.
4) Faça um comentário sobre a obra Casa Grande e Senzala. R: É uma obra que mostra o Brasil, o cotidiano, o dia-a-dia, relatando o so frimento dos negros, aprisionamento dos índios, vida faustosa dos senhores, castigos impostos, sofrimento das escravas em relação às sinhás, que por sua vez lhes davam castigos.
5) De onde foram retiradas as informações para a obra Casa Grande e Senzala? R: A obra de Gilberto Freyre está toda ela baseada em documentos, arquivos públicos e particulares, bibliotecas, diários, notícias de jornais, diários de viagem de estrangeiros ao Brasil, tudo foi pesquisado e trabalhado por Gilberto Freyre. Foi o 1º pesquisador brasileiro a utilizar questionários com pessoas que viveram naquela época, documentos estes que ainda hoje se encontram na Fundação Gilberto Freyre, no Recife.
6) Há quanto tempo está mobilizado com a Fundação Gilberto Freyre? E o que ela oferece? R: Pouco antes de falecer Gilberto Freyre, com o apoio da família resolveu instituir uma Fundação no dia 11/03/1987. E esta fundação têm como objetivos manter os seus bens, como a casa em que habitou por quase 50 anos, todo seu interior com obras de arte, imobiliário, prataria, cristais, louças, a sua biblioteca e os arquivos de correspondência e de fotografias, além de mantê-los. É uma divulgadora e difusora da sua obra, realizando cursos, seminários, palestras, etc. Atualmente o trabalho da Fundação vem sendo o de classificar, catalogar e digitalizar a sua correspondência passiva, isto é, a correspondência recebida por Gilberto Freyre de aproximadamente 16 mil cartas, além disso a sua biblioteca vem sendo catalogada e informatizada e seus trabalhos inéditos preparados para a publicação. A sua vida e também algumas de suas obras transformadas em vídeos e filmes.
7) Como você relacionaria os escritores Euclides da Cunha e Gilberto Freyre? R: Tanto Euclides da Cunha quanto Gilberto Freyre são dois brasileiros que se preocuparam em descrever o Brasil aos brasileiros. Tanto Euclides quanto Gilberto podem ser considerados redescobridores do Brasil pelas obras que nos deixaram. No Museu Rio-pardense há várias obras de Gilberto Freyre e fiquei muito contente ao visitar o Museu e encontrá-las.
7) Que mensagem você gostaria de deixar aos maratonistas? R: Leiam! Não só obras de Gilberto Freyre, qualquer coisa, mas leiam. O mundo da leitura vai capacitá-los para qualquer coisa no futuro. Leiam, a leitura é muito importante. Recomendo a leitura de Seleta para Jovens, de Gilberto Freyre.
8) Gostaria de fazer algum comentário? R: Gostei muito da forma como conduziram a entrevista, parabenizo, teve começo, meio e fim. Teve uma seqüência lógica.
Agradecemos a Fernando Freyre, que nos concedeu seu tempo e sua atenção para a realização desta entrevista. Muito obrigado!
Equipe: Daniela Martins Lofrano |
Berro EleganteApesar de nós, maratonistas, estarmos envolvidos com os estudos, temos tempo para chavecar, reclamar e burcarmos qualquer tipo de comunicação com outras pessoas. O correio é um deles. Confira alguns recados e se ficarem com vontade, procurem_ nos.
- "Desejo boa sorte a todos os maratonistas e que os alunos não se esqueçam da redação. Estou a disposição de todos os alunos para tirar dúvidas mesmo depois da Semana Euclidiana. Quem quiser se comunicar comigo, aqui vai o meu e _ mail: livgarcia@uol.com.br" (Maria Olívia)
- "Atrevida, você é mais interessante ao vivo do que no chat." (Krudo)
- "Natália dos olhos verdes, você me fascina, você tem um sorriso maravilhoso. Estou gamado em você. Minha princesa."(Vitor _ Cantagalo)
- "Carolzinha (SP): na oficina de redação, você só está com "amizade", né?" (Itobiense)
- "Tobias (secundário D), estou de olho em você." (alguém)
- "Marília Zanetti. Háháhá! Não veio a aula a tarde por quê?" (meninas)
- "Kid e Thiago Raddi, Vocês são umas gracinhas." (alguém dos secundários)
- "Guilherme (secundário C), você é bonitinho pra caramba."(alguém do básico A)
- "Tobias, você vem pra São José e não me avisa? Estou com saudades!" (Mariele)
- "Para o pessoal pra lá de veterano da S.E.. Estou super feliz por estar aqui, revendo vocês!! Um grande abraço." (Mariele)
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Nóis Berrano!
Maníaco anda roubando calcinhas no Ada Parisi Tem acontecido, no Ada Parisi, um fato inusitado:
Alerta!! Já começou a contagem para o final da Semana Euclidiana.
Até o momento em que esta notícia estava sendo feita, faltavam
menos de 95 horas...
Um Iceberg no alojamento Durante a realização da 88ªSE, o alojamento contendo
os maratonistas que fazem parte desse evento está, por enquanto,
desprovido de energia elétrica nos chuveiros. Consequentemente,
a água fornecida por estes instrumentos é extremamente gelada
(ao menos no banheiro feminino).
Rapidinha barata "Evite acidentes. Faça tudo de propósito!" (máxima de Sheila de Caldas)
Annie Victoria, São Paulo; |
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Domésticas em Rio Pardo A respeito da peça teatral "Domésticas" que foi apresentada ontem às 22:00 pontualmente (tanto é que como cheguei 5 minutos depois, perdi o começo) na Associação Atlética Riopardense: Comecemos pelas coisas boas: o elenco (Lúcia Merlino, Cláudia Missura (rio-pardense), Lena Roque e Eduardo Estrela), a produção (Amália Tarallo), o texto, a descontração, o tema e a mensagem que a peça em si quis e conseguiu passar aos espectadores. Eles conseguiram fazer com que refletíssemos sobre a vida (muitas vezes a luta) dessas pessoas que estão tão próximas de nós: as domésticas! Mas como tudo tem seus dois lados (bom e ruim) aqui vamos nós para as reclamações, que coloco por motivos pessoais, mas acredito que são as mesmas na opinião de quem foi assistir: a respeito do improviso de local, pelo fato de não haver em São José nenhum local apropriado para tal evento. Deu que somente as pessoas que estavam "engolindo" o palco, conseguiram assistir com perfeição às cenas teatrais. Então, ou você sentava à frente ou ficava de pé; como só enxergava quem estava na frente, tinha mais gente de pé do que acomodadamente sentadas. Também pelo som que estava horrível, e que atrapalhava ainda mais a compreensão das falas dos atores (que até aí se esgoelavam para que todos pudessem ouvir). Mas apesar dos "probleminhas" técnicos, a peça foi legal, conseguiu atingir um número considerável de espectadores, e conseguiram proporcionar uma noite diferente e divertida aos rio-pardenses e maratonistas. Gabriela Catalano Yong, São José do Rio Pardo | ||||||||||
Os embalos de São José à noite Nesta pequena cidade do interior a vida noturna semanal costuma ser muito parada, porém em feriados, férias ou dias especiais vários visitantes costumam agitar os bares e discotecas da cidade. Para quem deseja divertir-se nesta semana de estudos euclidianos seguem abaixo algum dos pontos mais apreciados por moradores e maratonistas: - Nos dias normais de semana podem comer bem e tomar um suco delicioso no Pastelão.. Este localiza-se em frente a Praça dos Três Poderes; - Às sextas na Stufa tem músicas ao vivo e todo mundo curte um drink; - Na Ktedral em cada fim de semana tem uma balada diferente e quando lota e uma delícia. As vezes tem bebida a vontade e o povo fica chapadão!!! - A praça lota sempre de Sábado e Domingo e tem bastante gente para paquerar; - No Ranchão tem videoke e fica lotado nas quintas e domingos; - Todo ano os maratonistas vão ao Cristo ver o Sol nascer, o único problema é a distancia; - Todo Sábado tem boate na Milennium e as vezes tem festas diferentes (como neste fim de semana).
Grupo: Pâmela Araujo, SJR Pardo | ||||||||||
Expediente O Berrante Diário é uma produção da Oficina de Jornalismo da Semana Euclidiana 2000. Suas matérias são produzidas pelos maratonistas participantes da Maratona Intelectual Euclidiana 2000. Coordenação: Marco Aurélio Grumieri Valério e Mario Eduardo Bianconi Baldini. Maratonistas participantes: Evelise de Oliveira, Milena Blanco, Michele Cassimiro (São José do Rio Pardo-SP), Fernando Torres , Rosane Beliene (Cantagalo-RJ), Annie Victoria, São Paulo; Bárbara Victoria, São Paulo; Fábio Dassan, SJRPardo; Gustavo Gertrudes, SJRPardo; Marcela Nogueira, SJRPardo; Sheila de Caldas, São Paulo; Daniela Martins Lofrano, Fábio Grassi Fernandes, Graciele Pegorin Zuli, Taline Libânio da Cruz, Thadeu de Ávila Ribeiro Junqueira, Gabriela Catalano Yong, São José do Rio Pardo, Pâmela Araujo, SJR Pardo, Gabriela Faria, SJR Pardo, Diego Garcia Morais, São Paulo, Ana Carolina Victorio Fontão, SJR Pardo, Maria Angélica Breda Fontão, SJR Pardo
Eventuais erros e omissões nesta relação são de responsabilidade dos respectivos donos dos nomes. | ||||||||||
Cantinho Poeticuzinho do Maratonistazinho, Pensamentos do dia
"Era uma vez um sábio chinês Se ele era um sábio chinês que sonhou que era uma borboleta |
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