O Berrante

Diário 2000

São José do Rio Pardo,

12 de agosto de 2000

Número 4

(edição fechada depois de conseguir domesticar os repórteres - ou talvez não)

 

Episódio Republicano teve inovações

Aconteceu na noite do dia 11, em frente à famosa janela do Hotel Brasil, o já tradicional Episódio Republicano, ocorrido em 1889 (para quem não sabe onde é o Hotel Brasil, fica em frente ao Palácio do Sorvete). Na ocasião, Francisco Glicério proclamou a República de São José do Rio Pardo, estando ele naquela janela. Desde então, o fato é lembrado pelos rio-pardenses. São José do Rio Pardo foi a primeira cidade do país a ser republicana.

O professor Lázaro Chaves, diretor da Casa Euclidiana, deu início à comemoração. Logo após, o grupo de teatro do Decet (Departamento de Cultura, Esportes e Turismo), encenou o Episódio Republicano com muito humor, arrancando risos dos espectadores.

Devido à pontualidade da cerimônia, os maratonistas concentrados no alojamento chegaram no final da apresentação, perdendo, assim, todo o conteúdo da peça e a presença da carteirinha.

Os maratonistas, por sua vez, não sa biam da obrigatoriedade da presença, justificando o atraso.

Em resumo, a peça estava excelente. O único fato que tirou o brilho da apresentação foi nossa ausência.

Por:

Rosane Beliene (Carioca)
Fernando Torres (Cantagalo)
Milena Blanco (SJRPardo)
Michele Cassimiro (SJRPardo)
Evelise de Oliveira (SJRPardo)
Vanessa Tiezzi (SJRPardo)
Fábio Dassan dos Santos (SJRPardo)


Fazendo Arte

A reportagem de O Berrante Diário foi conferir o andamento da Feira de Artesanato também conhecida como a Feira hippie, aqui em São José. Sua organizadora é a D. Helena, com o apoio do DECET, além do pessoal das demais barracas, os artesãos de outras cidades tem organização própria e vem freqüentemente participar da Semana Euclidiana.

Observando as barracas, dá para perceber que muita coisa diferente e original está à mostra. Vê-se de tudo! Desde um anel até roupas indianas.

Muita novidade e beleza no trabalho dos artesãos faz com que o movimento seja sempre bom. Muitas pessoas visitam diariamente a Feira que já é um "ponto de referência" para os visitantes e maratonistas durante a Semana Euclidiana.

Além do artesanato, encontramos uma novidade...Inédito em São José, é a primeira vez que temos uma barraca onde coloca-se piercing! (de verdade, viu!) Vale a pena conferir. Além das barracas que fazem parte da praça de alimentação com muita comida gostosa, inclusive acarajé.

Recolhemos algumas informações sobre o andamento da Feira, vamos conferir:

¨ Cristiane, artesã rio-pardense: "O movimento está bom, mas nada comparado ao do ano passado."

¨ Alessandro, artesão: "Temos um coordenador para o pessoal de fora, o movimento está razoável, acho que está melhor que o ano passado."

¨ Giovani, artesão: "O movimento está razoável, é a primeira vez que venho com artesanato, no ano passado trabalhei na parte de doces. Este ano está bem melhor. Fiquei sabendo da feira através da organização."

¨ Estevão, artesão: "Faz quatro anos que freqüento a feira, o movimento se manteve igual. Viajo por todo o estado e trabalho na Praia Grande."

¨ Luciana e César, barraca do acarajé: "Já faz dez anos que trabalhamos com isso, é o primeiro ano que participamos da feira. O movimento está ótimo. Viajamos o Brasil inteiro."

¨ D. Helena e Maria do Carmo, voluntárias do Asilo : "Somos voluntárias há vários anos, tudo que é vendido foi feito pelas próprias senhoras do asilo. Trabalhamos com isso a trinta anos, as vendas estão por volta de 60%."

Catarina Gertrudes;
Daniela Martins Lofrano;
Fábio Grassi Fernandes,
Gustavo Gertrudes;
Taline Libânio;
Thadeu Junqueira,
São José do Rio Pardo


Entrevista com Personalidade

Maria Aparecida Granado Rodrigues

 

A educadora Maria Aparecida Granado Rodrigues, rio-pardense, está envolvida com a Coordenação e Organização da Semana Euclidiana. Responsável pelos Ciclos Básico e Secundário, que abrangem respectivamente os alunos de 5ª a 8ª séries do ensino básico e 1ª a 3ª séries do ensino médio, ela concedeu a seguinte entrevista aos nossos repórteres.

1. A quanto tempo a Sra. participa da Semana Euclidiana?

R. Há seis anos participo deste evento cultural, no início participei como professora dando aulas sobre os aspectos literários da obra de Euclides da Cunha. Depois passei a coordenar o ciclo básico e continuei dando aulas, este ano coordeno também o ciclo secundário.

2. A Sra. Acha que a S. E. sofreu muitas mudanças? Quais foram?

R. Não participo há tanto tempo, porém senti algumas diferenças. Em relação aos alunos (Ciclo básico em especial) notei uma imaturidade, eles estão mais novos esse ano, porém quanto à disciplina, ambos os ciclos estão bem mais empenhados e interessados.

3. O que significa a S. E. para a Sra.?

R. É uma tentativa de preservar a memória de Euclides da Cunha. Pra mim, que sou uma professora de literatura, sei da importância do escritor e acho muito importante fazer um estudo aprofundado do assunto, para levar a todos os ideais de Euclides.

4. O que a Sra. acha da divulgação da S. E.?

R. Poucas pessoas se empenham nesse trabalho. Eu, como os outros professores que trabalham, tento não deixar morrer porque sei da importância desse movimento, afinal, é um movimento cultural.

5. O que a Sra. admira em Euclides da Cunha?

R. O caráter, o ideal nacionalista, enfim o amor por uma pátria que ele achava que poderia ser muito melhor.

Por:

André Luiz Conde, Araraquara
Maria Carolina Bertoni, Araras
Luiz Eduardo Benini, Araraquara
Jorge Roberto A1, São Paulo
Gisela Roque, Cantagalo (RJ)


Eliminadas de "No Limite"

Quais motivos fariam um maratonista desistir da S.E.?

Tentando superar todos os limites, três maratonistas abandonam a Semana Euclidiana, saindo do alojamento de maneira suspeita.

Com um plano premeditado, as meninas de Mococa inscreveram-se na maratona já pretendendo abandoná-la antes do término previsto - dia 15 de Agosto- indo, primeiramente, uma delas na Quarta-feira à tarde e as outras duas na Quinta-feira de manhã.

Suzana Ribeiro Bonaite e Elizangela Martins dos Reis chegaram na Terça-feira (8 de Agosto) à tarde, pretendendo voltar para a sua cidade na Quinta-feira (10/08) pois, mesmo havendo tido uma boa adaptação, queriam estar de volta a Mococa para ir a uma festa de forró no Sábado à noite, de

acordo com fontes confiáveis. As duas não tiveram um bom aproveitamento das aulas, já que faltaram a algumas delas. Realmente não tiveram motivos fundamentados em São José do Rio Pardo para ir embora, demostrando a falta de consideração para com todos, pois ocuparam vagas que poderiam ter sido utilizadas por outros interessados.

Encontramos mensagens deixadas pelas mesmas na lousa do quarto:

"Meninas, adoramos conhecer `vocêix', um beijão da Elizangela e Suzana."

"(........), talvez eu vá hoje à noite no Ranchão. Se eu for, a gente quebra tudo... (brincadeirinha)"

Diz a lenda que a primeira, Fábia da Silva, teve de ir embora alegando grave doença de sua mãe, apesar da mesma ter vindo buscá-la no colégio Ada Parisi, onde estava alojada. Ficamos sabendo que ela não estava agüentando as aulas após curtir o ritmo noturno que aqui se leva.

Segundo os fatos acima citados, podemos concluir que vieram, assim como muitos outros, curtir a night longe dos pais.

Ana Carolina, SJRP
Annie Victoria, São Paulo
Bárbara-Victoria, São Paulo
Catharina Maschietto, SJRP
Guilherme Bodi, São Paulo
Luiz Carlos, Araraquara
Sheila das Caldas, São Paulo


Berro Elegante

- Meninas de Cantagalo: estamos felizes por Ter conhecido cariocas legais como vocês (itobienses)

- Para os maratonistas interactianos :vocês são muitos legais. Depois que os conheci minha vida ficou mais alegre. Beijos!!!!!!! (sua amiga Flávia)

- Tia Rosaura e Tia Augusta: vocês são um arraso. Adoramos vocês e suas balas.Vocês são 10! Te amamos!!!! (meninas de Cantagalo)

- Fernando (Cantagalo): parabéns pelo seu aniversário! Tudo de bom para você e muitas felicidades. (Suas amigas: Rosane, Evelise, Milena, Michele, e todos seus amigos)

- Obrigada Luis (Stufa) pelo bebedouro que colocou em nosso alojamento.

- Para os maratonistas: Socorro!! A Vanessa de São José está a procura de um loirinho ou moreninho mesmo, para dividir seus conhecimentos Euclidianos adquiridos em anos de maratonas.Se alguém está interessado por favior procurar por aí. (amiga da Vá)

- Tiago (Cantagalo): tô de olho no senhor!!!! (Emanuele de Cantagalo)

- Para os maratonistas visitantes: parem de reclamar dos morros de São José e comecem a agradecer por estar comendo de graca e aprendendo sobre o Sr. Euclides. (rio-parrrrrrdense)

- Gabriel (Cantagalo): por favor vê se dá uma chance para um coração apaixonado que sofre por ti. Pare de fazer-se de difícil, sabemos que você libera!!!!!

- Bárbara (SP): Você está só no chanãnã, hein? (itobienses)

- Rodrigo: deixarei de te amar quando ver a morte e meu sepulcro nascerá uma rosa cujas palavras estarão escritas em linhas de sangue. Nunca deixarei de te amar! (Sua namorada Flávia)

- Párabens para os aniversariantes Cantagalenses: Adriana Pacheco (11/08), Fernando Torres (12/08), e Deise (15/08)

- Rosane: adoramos ficar seus amigos.Você é super legal. Continue essa menina alegre e simpatica assim como você é. Falou? (Evelise, Michele, Luiz Eduardo, Jorge, André, Milena)

- Felipe Freitas :toda vez que sobe em minhas costas sinto um arepio fico molhadinho. (Luis Eduardo)

- Para o maníaco Wando: roube nossas cuecas também!!!! (Maratonistas discriminados)

- Guilherme (sec. C): Tô afim de vc...Tem jeito??? Ass: Alguém que te admira de perto!)

- Paulo Herculano: Queria te dizer obrigado pelo ticket que quebrou um "galhão"!!! Valeu... Ass: Vanessa e Lumena (sec. D)

Vanessa e Lumena (Sec. D): De nada. Ass.: Paulo Herculano.

Por: Evelise de Oliveira, Milena Blanco, Michele Cassimiro (São José do Rio Pardo-SP), Fernando Torres, Rosane Beliene (Cantagalo-RJ)

Conhecendo o Maratonista por dentro

Meias vermelhas

Numa certa escola, de uma cidade do interior, estudava um garoto sem muitos amigos, na verdade quase nenhum, devido ao par de meia vermelha que usava sempre. Todos implicavam com ele até mesmo os professores, mas mesmo assim ele nunca as tirava.

Isso era comum, todos os dias a até mesmo por alguns anos, os outros alunos não se aproximavam, havia um certo preconceito. Porém um dia, depois de tanto tempo, uma garota da sua classe resolveu perguntar porque ele não tirava aquelas meias, já que sabia que ninguém se aproximava dele devido aquilo. Ele então virou-se para ela e lhe respondeu da seguinte forma: "Quando eu tinha quatro anos a minha mãe me levou ao circo e me colocou um par de meias vermelhas e disse-me que estava fazendo aquilo porque o circo era muito grande e caso eu me perdesse era só ela olhar para o chão, vendo as meias vermelhas me acharia. Mas depois de quatro meses ela saiu de casa e nunca mais voltou; Desde então não tiro as meias na esperança de passa por ela na rua e ela me reconhecer pelas meias e ela me levar junto dela.

Carlos Heitor Cony

Adaptação: Gisela (RJ), Jorge, André, Maria Carolina e Luiz Eduardo (Paulistas)

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Vendo a Jesus

No sábado, 12 de agosto, os maratonistas, após as atividades corriqueiras da noite rio-pardense (baile, festa, bar, etc.), planejavam a já tradicional subida ao Morro do Cristo, numa demonstração de fé e persistência.

Como é o costume, manda a penitência que eles subam o morro andando, e passem a noite lá em cima, em recolhimento, esperando o dia amanhecer, dividindo irmãmente o calor humano e os poucos agasalhos e alimentos que levam em sua jornada.

No alojamento do Ada Parisi a animação para esse evento de fé e esperança era total, e já prevíamos que os participantes esperavam ser abençoados para realizarem uma ótima prova.

A previsão da meteorologia era que o frio da noite seria caprichado, o que há muitos anos não acontecia, mas nem isso diminuiu o entusiasmo dos penitentes.

Aguardem, na próxima edição, uma ampla reportagem sobre os acontecimentos desta demonstração irrepreensível de fervor euclidiano.

Expediente

O Berrante Diário é uma produção da Oficina de Jornalismo da Semana Euclidiana 2000. Suas matérias são produzidas pelos maratonistas participantes da Maratona Intelectual Euclidiana 2000. Coordenação: Marco Aurélio Grumieri Valério e Mario Eduardo Bianconi Baldini. Maratonistas participantes: André Luiz Conde, Araraquara; Maria Carolina Bertoni, Araras; Luiz Eduardo Benini, Araraquara; Jorge Roberto A1, São Paulo; Gisela Roque, Cantagalo (RJ); Ana Carolina, SJRP; Annie Victoria, São Paulo; Bárbara-Victoria, São Paulo; Catharina Maschietto, SJRP; Guilherme Bodi, São Paulo; Luiz Carlos, Araraquara; Sheila das Caldas, São Paulo; Rosane Beliene (Carioca); Fernando Torres (Cantagalo); Milena Blanco (SJRPardo); Michele Cassimiro (SJRPardo); Evelise de Oliveira (SJRPardo); Vanessa Tiezzi (SJRPardo); Fábio Dassan dos Santos (SJRPardo); Evelise de Oliveira, Milena Blanco, Michele Cassimiro (São José do Rio Pardo-SP), Fernando Torres, Rosane Beliene (Cantagalo-RJ)

Eventuais erros e omissões nesta relação são de responsabilidade dos respectivos donos dos nomes.


Cotidiano

Procura-se o Belo Adormecido !!!

Tudo corria bem na mesa redonda do dia 12, que estava animadíssima e muito interessante, como em todos os dias. Todos os maratonistas bem atentos, até quando vimos uma coisa inesperada acontecer!

Um rapaz que estava entretido na conversa da Mesa Redonda, acaba desabando, ele simplesmente fez BUMM!!! Com apenas um movimento

da cabeça para trás ele se pôs a dormir como um bebê, de boca aberta e tudo!

Será que ele estava sonhando ???

Aí então nos perguntamos "O que leva um aluno a dormir num evento tão interessante ?"

Como não conseguimos acordá-lo não obtivemos uma resposta.

Por: Gatos Borralheiros.


Conhecendo o Maratonista por dentro II, a hora da verdade

Os dez mandamentos, segundo os maratonistas

1. "O hoje é o amanhã de ontem, que será o ontem de amanhã" (máxima de Fábio)
2. "O estudo é a luz da vida. Economize energia: não estude!" (máxima de Vanessa Tiezzi)
3. "Se o amor é cego, a saída é apalpar" (máxima de Pâmela)
4. "O amanhecer é o despertar de quem dormiu" (máxima de Sheila de Caldas)
5. "Ninguém morre. Todos acordam do sonho da vida" (Raul Seixas, por Dieguinho)
6. "Em terra de cego, quem tem um olho é caolho" (máxima de Dieguinho II)
7. "Quem ri por último, é retardado" (máxima de Dieguinho III)
8. "Quem com ferro fere, será preso por lesões corporais" (máxima de Pâmela II)
9. "Não ouvi o Fli porque esqueci meus óculos" (máxima de Milena)
10. "Herrar é umano" (máxima adotada por 70% dos maratonistas)

 

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